O cantor e compositor Arlindo Cruz morreu no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, informou a mulher do artista, Babi Cruz.
Arlindo sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico em março de 2017, depois de passar mal em casa, e ficou quase um ano e meio internado. Desde então, ele lidava com as sequelas da doença e passou por várias internações. O artista não se apresentava mais.
Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio, Arlindo era considerado por amigos e admiradores “o sambista perfeito” — título que inspirou sua biografia lançada este ano. Com talento para cavaquinho, banjo e violão, iniciou a carreira ainda adolescente, incentivado por Candeia, seu “padrinho musical”. Foi integrante do Fundo de Quintal por 12 anos, parceiro de nomes como Zeca Pagodinho e Beth Carvalho, e autor de sucessos que se tornaram parte do repertório afetivo do país. Com mais de 550 composições gravadas, sambas-enredo vitoriosos no Império Serrano e uma sólida carreira solo, Arlindo deixa um legado que atravessa gerações e reafirma o samba como patrimônio cultural brasileiro.